Homem é preso e adolescente é apreendido por suspeita de decapitar maquiador em Moreno

Homem é preso e adolescente é apreendido por suspeita de decapitar maquiador em Moreno

Crime ocorreu na terça (21) e mulher já tinha sido presa em flagrante por causa de participação no assassinato. Maquiador foi enterrado nesta quarta (22), em Moreno

Antonio Coelho/TV Globo

Um adolescente de 17 anos foi apreendido e um homem foi preso por suspeita de participação na morte do maquiador e cabeleireiro Antonio Henrique de Deus, encontrado decapitado na terça-feira (21) no Centro de Moreno, no Grande Recife. No dia do crime, uma mulher tinha sido presa em flagrante pelo crime e ajudou a polícia a encontrar os outros suspeitos. A vítima foi enterrada nesta quarta (22).

As prisões ocorreram no mesmo dia do crime e foram divulgadas nesta quarta. Segundo o delegado Cláudio Neto, responsável pela investigação, a mulher, que tem 25 anos, foi a primeira a ser presa e passou as informações sobre os outros dois envolvidos no assassinato.

Assassinado em Moreno, no Grande Recife, Antonio Henrique de Deus era maquiador e cabeleireiro

Arquivo pessoal

"A mulher atraiu ele até o local, mas na hora do crime todos estavam no mesmo lugar e a gente acredita que todos cometeram o crime. A principal hipótese para motivação é de que eles estavam desconfiados de que ele passou informações para a polícia", afirmou o delegado.

A cabeça da vítima, que tinha 25 anos, foi localizada a cerca de 50 metros do corpo, que apresentava ferimentos produzidos "provavelmente" por uma arma branca, segundo a Polícia Civil. O crime aconteceu na mesma região em que ele morava.

Maquiador decapitado foi enterrado sob forte comoção em Moreno

Antonio Coelho/TV Globo

Enterro

A família lamentou o crime, que chocou os moradores da cidade. O enterro ocorreu durante a tarde, no cemitério municipal. O cortejo levou centenas de pessoas às ruas da cidade. O pai do jovem, o pedreiro Vladimir Carneiro, falou sobre o trauma e se emocionou ao falar do filho.

"Quando foi de manhã que eu fui olhar o corpo, foi a coisa mais feia. Até hoje, 'se eu fechar os olhos, parece que estou vendo. Isso não existe", disse.

Segundo o homem, a convivência com o filho era tranquila. "Eu fico até sem palavras. Já tomei tantos comprimidos que não sei nem o que dizer. A lembrança que fica dele é o amor que eu tinha por ele e que ele tinha por mim. Não tem coisa mais bonita que isso", afirmou.