Alcolumbre cobra "atuação maior" do Governo na reforma tributária
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, cobrou da equipe econômica do Governo Federal uma atuação mais presente nos debates em torno da reforma tributária. Apesar de trabalhar há alguns meses em um texto próprio, o Planalto ainda não tem uma previsão de quando ele deve ser concluído e apresentado ao Congresso Nacional.
A saída do ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra pode atrasar ainda mais o processo, marcado até aqui pela polêmica em torno de uma eventual proposta de recriação de um imposto análogo à CPMF.
Davi Alcolumbre criticou o fato de o Governo ainda não ter apresentado uma proposta concreta de reforma tributária. "Você vê o debate na Câmara, eles estão avançando naturalmente. No Senado, da mesma maneira. E a gente não vê o Governo apresentando, de fato, uma sugestão que possa aprimorar as propostas que estão tramitando."
Discutida simultaneamente pela Câmara e pelo Senado, a reforma tributária pode ser debatida em uma comissão mista buscando se chegar mais rapidamente a um texto comum, já que atualmente cada casa analisa uma proposta diferente.
Previdência
Por outro lado, a reforma da Previdência segue avançando. Nesta quinta-feira (19), o relator, senador Tasso Jereissati (PSDB), vai ler na CCJ o parecer sobre as emendas apresentadas ao texto.
Ao todo, foram 77 propostas de alterações afetando diferentes pontos, mas a tendência é que todas sejam rejeitadas. Eventuais mudanças de mérito nas novas regras previdenciárias devem ficar para a PEC paralela, que também vai incluir estados e municípios. Assim, o texto principal não precisa retornar à Câmara depois de aprovado pelo Senado.
*Com informações do repórter Levy Guimarães