1/3 dos brasileiros deve tomar empréstimo nos próximos 6 meses, a maioria para quitar dívidas, diz Serasa

1/3 dos brasileiros deve tomar empréstimo nos próximos 6 meses, a maioria para quitar dívidas, diz Serasa

Cartão de crédito aparece como principal débito a ser pago, mostra pesquisa, seguido por crediário e cheque especial. Feirão Limpa Nome: 75% dos que estão endividados e pretendem tomar novos empréstimos dizem ter ficado desempregados

Fabio Tito/G1

Um terço (29%) dos brasileiros pretende tomar algum empréstimo nos próximos seis meses. Mas a maioria (59%) vai usar o dinheiro para quitar outros débitos, ou seja, vai apenas trocar de dívida. Os dados são de um levantamento antecipado ao G1 pela Serasa.

O cartão de crédito aparece como a principal dívida a ser paga, citado por 44% dos entrevistados. Na sequência, vêm o crediário, carnê e cartões de lojas (32%); o cheque especial (15%) e outros empréstimos (14%). Outros 10% emprestaram o CPF para outras pessoas.

Entres os endividados, 75% dizem ter ficado nessa situação porque ficaram desempregados ou tiveram algum problema inesperado. Uma parcela menor, de 18%, admite falta de controle financeiro e 7% dizem ter feito compras por impulso.

Para Pedro Dias Lopes, gerente do Serasa Limpa Nome, o interesse em quitar dívidas é positivo porque "mostra certa conscientização dos consumidores para com a gestão das finanças pessoais".

Além dos que querem se livrar de dívidas antigas, um terço (31%) dos que pretendem pegar algum empréstimo nos próximos seis meses têm intenção de realizar algum sonho – comprar um carro aparece em primeiro lugar, seguido de abrir um negócio e ter a casa própria – e 10% devem cobrir despesas extras, principalmente com saúde, matrícula escolar e IPVA.

A pesquisa ouviu 2,7 mil consumidores de todo o país, pela internet.

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Perfil da dívida

Metade dos entrevistados dizem que vão pedir empréstimos de R$ 1 mil a R$ 10 mil. Para que a dívida caiba no bolso, grande parte (39%) vai parcelar em prazo de pagamento de até dois anos. O valor médio da prestação, segundo o estudo, deve ser de R$ 490.