Novo reitor da UFMT diz que administrar orçamento é a maior dificuldade da instituição após redução de 40% em 2019

Novo reitor da UFMT diz que administrar orçamento é a maior dificuldade da instituição após redução de 40% em 2019

Evandro Soares disse que irá focar no diálogo para construir medidas para que o próximo dirigente atue na universidade. Ele fica no cargo até dia 13 de outubro. Evandro Soares tomou posse no dia 2 e é o novo reitor da UFMT

TVCA/Reprodução

O novo reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Evandro Soares, afirmou que o maior desafio da universidade é quanto ao orçamento da instituição. Evandro tomou posse no dia 2 deste mês, depois da renúncia da ex-reitora Myrian Serra. Segundo ele, foram cortados quase 40% do recurso orçamentário para universidade.

O reitor foi entrevistado do quadro Papo das Seis desta sexta-feira (13). A ex-reitora alegou motivos pessoais, a renúncia foi comunicada em um ofício à Associação Nacional do Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Ele disse que todas as universidades têm uma gestão complexa na questão da verba orçamentária. A dificuldade é o orçamento definido e o Governo Federal não liberar o recurso completo.

A universidade no ano passado passou por dificuldades para pagar os funcionários e as despesas, principalmente a energia no campus. Neste ano, o reitor disse que está em dia com as contas, já foram pagas as referentes aos meses de janeiro e fevereiro.

UFMT implanta projeto para incentivar doação de corpos para estudos de medicina

Reprodução/TVCA

Sobre o vandalismo que aconteceu no Hospital Veterinário na instituição no mês passado, ele disse que após do ocorrido foi instalado câmeras de segurança no local. Entretanto, ele afirma que é necessário um plano de segurança para resguardar toda a instituição. A universidade pretende monitorar toda a faculdade.

Evandro afirmou que dentro do campus e no entorno da UFMT é um ambiente seguro. Ele diz que é necessário dialogar com órgãos e profissionais que entendem e estudaram sobre segurança.

Estudantes de medicina veterinária protestaram no dia 18 de fevereiro contra a falta de segurança no local, que já resultou em pelo menos duas invasões no hospital veterinário em 48 horas.

"Precisamos dialogar uma política de segurança para a UFMT e também nos entornos. Porque não tem como a universidade ser uma ilha de segurança, isso nunca iria ocorrer. A gente precisa de um plano de segurança junto com a Polícia Militar, com a segurança patrimonial da universidade. E juntos possamos construir uma maneira para dar mais segurança a todos que transitam na universidade e nos entornos", explicou.

Ele contou ainda que cerca de 260 funcionários foram demitidos por causa da contingência adotada por causa do corte do orçamento no ano passado e que até o momento vários cargos estão sem profissionais para trabalho de manutenção na universidade, como o de pintor e o ônibus dentro do campus foi cortado.

Cômodos foram revirados

Divulgação

Evandro afirma que os projetos de pesquisa realizados e o ensino na UFMT não foram comprometidas pela redução do orçamento. Todos esses trabalhos foram priorizados para que não fosse prejudicado o estudo dos alunos.

O novo reitor destacou a importância da universidade e disse que desde a fundação a instituição contribui significativamente para a formação de profissionais de cidadãos que pensam, observam e questionam, assim ajudando nas soluções de problemas no estado.

Ele citou projetos de pesquisa para controle e prevenção da dengue e tratamento de esgoto. Também exemplificou quanto aos programas de extensão dos cursos e na contribuição social e política em Mato Grosso.

A reitor deve ficar no cargo até dia 13 de outubro, quando termina a gestão dele. Ele pontua que nesse tempo irá focar no diálogo para construir medidas para que o próximo dirigente atue na universidade.

Estudantes protestam contra falta de segurança na UFMT

Ianara Garcia

Veja outras matérias do estado no G1 Mato Grosso.