Joaquin Phoenix reforça que Coringa é um vilão, mas pede empatia: "Não podemos deixar de tentar entendê-lo"

Joaquin Phoenix reforça que Coringa é um vilão, mas pede empatia:

Entrando em cartaz nesta quinta-feira (3) no papel do "Coringa", o ator Joaquin Phoenix negou que o filme represente a glamurização da violência, e apesar de justificar os atos do personagem por episódios vividos na infância, lembrou que o rival do "Batman" é um vilão.

"Ele definitivamente não é um herói. Ele se comporta de uma maneira repugnante, mas não podemos deixar de tentar entendê-lo. Se olharmos para a violência com a perspectiva do trauma na infância, veremos que essas pessoas se comportam reagindo às condições em que viviam", afirmou.

O ator de filmes como "Ela" e "Os Irmãos Sisters", entre outros, rejeitou as acusações de que o longa-metragem dirigido por Todd Phillips, da trilogia "Se Beber, Não Case!", exalte a violência.

"Não vejo glorificação. Novamente, para mim, o ponto de partida sempre foi um trauma na infância. Acusar um filme de glorificar a violência é um absurdo. E não acho que seja responsabilidade do cineasta ensinar a moralidade pública", analisou.

"Eu acredito ser uma maneira simplista de encarar isso. É como culpar o Black Sabbath pelas crianças cometerem suicídio. Quando era pequeno, Metallica e Megadeth foram responsabilizados por suicídios de crianças. Obviamente, isso é ridículo, não?", questionou.

No início de setembro, "Coringa" conquistou o prêmio Leão de Ouro, no Festival de Veneza, surpreendendo Joaquin Phoenix. "É sempre uma surpresa. De certa forma, Todd e eu apenas esperávamos fazer um filme que não terminasse com nossas carreiras. Esse foi um pouco nosso objetivo", brincou.

O ator comentou como foi o desafio de criar um Coringa sem que aparecesse na tela o principal inimigo do vilão, Batman. "Seu inimigo é o mundo inteiro, que é uma maneira diferente de abordar essas coisas para um vilão. Ele se sente uma vítima do mundo", finalizou.

*Com EFE