Argentina abrirá bares e restaurantes e permitirá reuniões de até dez pessoas ao ar livre

Argentina abrirá bares e restaurantes e permitirá reuniões de até dez pessoas ao ar livre

 

O anúncio provocou enfrentamentos dentro do governo, com o chefe de governo de Buenos Aires, que é da oposição, defendendo uma maior abertura, e o governador da província de Buenos Aires e os de Jujuy e Chaco, mais afetadas pela contaminação, insistindo em ainda manter a quarentena dura nessas regiões.

Ao final, foi decidido que se poderia avançar nessas áreas, mesmo num dia em que o país apresentou um número recorde de contaminados, 11.717, elevando o número de casos acumulados a 392.009. Também houve 222 mortos, somando um total, até agora, de 8.271 falecidos.

A fricção política foi tão notória que os anúncios foram feitos de modo separado por cada uma das partes. Fernández, por meio de um anúncio gravado, Rodríguez Larreta (chefe de governo de Buenos Aires), por meio de uma entrevista coletiva. Não houve a reunião com a presença real e virtual de todos os governadores, ministros nem acesso à imprensa na residência de Olivos, onde as decisões foram tomadas.

Outra atividade que se aprovou liberar de forma gradual é a construção, em todo o território. Haverá regras, porém, por região, para definir protocolos.

Os representantes das entidades gastronômicas esperam as especificações sobre como se poderá avançar sobre a calçada. Por ora, o governo avisa que apenas os locais que já tinham essa permissão antes poderão atuar imediatamente. Os demais terão de pedir permissão à prefeitura.

O que vem acontecendo já, mesmo sem a autorização, é que várias pessoas pedem o "take away", comida para levar, que já estava autorizada e, como não querem ir para casa, sentam-se nas calçadas. Agora, liberada, a prática deve se disseminar ainda mais, principalmente pelo tempo bom e as tardes ensolaradas que começam a anunciar a proximidade à primavera.

"Existem regras da prefeitura sobre os metros e a quantidade de mesas que se podem colocar fora. Esperamos que nos digam que vamos poder aumentar o espaço e o número de mesas, porque senão não fará muita diferença, atenderíamos um número muito limitado de pessoas", diz Gustavo Levinson, da Associação de Proprietários de Pizzarias e de Casas de Empanadas de Buenos Aires.

A pressão do ramo gastronômico vinha sendo muito forte nas últimas semanas, uma vez que é uma das principais atrações da capital argentina e também de várias cidades do interior. Até o momento, em Buenos Aires, 30% dos locais gastronômicos já faliram para sempre por não poderem fechar as contas apenas com os serviços de delivery.
O chefe de governo de Buenos Aires disse que apelará à consciência dos portenhos para que respeitem as regras e as distâncias e que "atuem de modo responsável".

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