Idosa que vivia em meio à sujeira em MS disse que armazenava água para usar na limpeza e dar aos animais

Idosa que vivia em meio à sujeira em MS disse que armazenava água para usar na limpeza e dar aos animais

Ela foi presa por poluição ambiental, pagou fiança de R$ 2 mil e está em liberdade. Baldes onde ela armazenava água tinha focos do Aedes aegypti

Osvaldo Nóbrega/TV Morena

A idosa de 67 anos presa por poluição ambiental terça-feira (8), em Campo Grande, disse que usava a água encontrada em diversos baldes espalhados na casa dela, para fazer limpeza. "Uso para limpar casa, lavar roupa e para os animais". Ela é americana e mistura o português e o inglês quando fala.

Apesar de afirmar que fazia a limpeza da residência, o cenário encontrado lá foi bem diferente. "Um ambiente infestado de focos do mosquito Aedes aegypti, com sujeira muito grande e propício para a propagação de moscas, carrapatos", relatou o delegado de Polícia Civil, Maércio Barbosa.

Pela casa havia diversos recipientes abertos com água parada, alimentos para cachorros em pratos pelo chão, armários, pias e geladeira enferrujadas, com alimentos em meio a peças de roupas e sacolas plásticas, fogão e panelas sujos e também enferrujados, lixeira em meio a comida com vasilhas sujas, troncos de plantas, caixotes, entre outros resíduos que lotaram um caminhão caçamba ao serem retirados do local. O mau cheiro era forte e foi preciso utilizar máscaras.

A americana foi autuada em flagrante e reconheceu o crime. Ela pagou fiança de R$ 2 mil e foi liberada no mesmo dia. Segundo a polícia, ela tem imóveis nos Estados Unidos e no Brasil e vive de aluguéis deles.

Situação da cozinha da casa da idosa

Osvaldo Nóbrega/TV Morena

Denúncia

A situação da idosa foi flagrada após denúncias. Há algum tempo agentes de saúde tentavam vistoriar o imóvel, porém, a moradora não autoriza a entrada. A Delegacia Especializada de Proteção Ambiental e Atendimento ao Turista (Decat) foi acionada e conseguiu mandado judicial para entrar na casa.

A coordenadora de Vigilância Sanitária, Silvia Barbosa do Carmo, explica que a idosa "não é acumuladora". "Ela tem transtorno. No passado acumulava cães, mas não é a realidade hoje. Porém, falta de higiene, focos de dengue é notório".

Agentes de saúde tiram resíduos da casa da americana

Osvaldo Nóbrega/TV Morena