Coreia do Norte faz desfile militar com novos mísseis e soldados sem máscaras

A agência de notícias estatal afirmou que a autoridade e a segurança da Coreia do Norte dependem das "enormes forças nucleares estratégicas" mostradas no desfile.

Analistas afirmam que um míssil apresentado, que foi disposto em um veículo com 11 eixos, seria um dos maiores mísseis balísticos intercontinentais móveis do mundo, caso ele se torne operacional. Também foi exibido o Hwasong-15, o míssil de maior alcance já testado pela Coreia do Norte, e o que parecia ser um novo míssil balístico lançado por submarino.

O evento, que também inclui festivais e concertos, é visto como uma oportunidade para Kim Jong-un dar mensagens sobre política para a comunidade internacional.

"Continuaremos a construir nosso poder de defesa nacional", disse Kim, acrescentando, porém, que o poder militar do país não será usado em ações preventivas. Ele não fez menções aos Estados Unidos ou às conversas sobre desnuclearização.

Kim culpou sanções internacionais, tufões e o coronavírus por impedi-lo de cumprir suas promessas econômicas.
"Estou envergonhado em nunca retribuir a vocês sua enorme confiança", afirmou em um discurso que teve, por vezes, momentos emotivos. "Meus esforços e devoção não foram suficientes para tirar nosso povo de dificuldades", disse.

As imagens mostraram Kim fazendo sua aparição assim que o relógio bateu meia-noite. Vestido em um terno cinza com gravata, ele acenou para a multidão e aceitou flores de crianças enquanto estava acompanhado de militares na praça Kim Il-sung. Segundo a agência de notícias Reuters, ninguém presente no desfile parecia usar máscaras.

Mesmo assim, o ditador norte-coreano disse estar satisfeito já que, segundo ele, nenhuma pessoa do país testou positivo para coronavírus. O país fechou suas fronteiras há oito meses para evitar a disseminação da doença.

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