Vaquinha online arrecada R$ 57 mil para menino que era mantido em barril no interior de SP

Vaquinha online arrecada R$ 57 mil para menino que era mantido em barril no interior de SP

O artista criou uma vaquinha online, divulgando-a em suas redes sociais, para garantir transparência e evitar novas críticas.

Quando lançou a campanha, dois dias após o menino ser resgatado, o MC imaginava que arrecadaria, no máximo, R$ 3.000, que seriam repassados ao garoto. “Mas só no primeiro dia, foram depositados R$ 7.000, no segundo, R$ 10 mil”, relembra. Até por volta das 15h desta quarta, a vaquinha contava com R$ 56.826,58 em doações, feitas por 1.289 pessoas.

Nesta terça-feira (9), Caetano contratou uma advogada, que se articulou com o MP-SP para que o dinheiro arrecadado na campanha online seja depositado em uma conta em nome da criança. A vaquinha será mantida até a segunda-feira (15). Após isso, em cerca de 15 dias, a grana cai na conta determinada pela Justiça. “Este é o tempo para cuidarmos de toda a burocracia”, explicou o MC.

Quem estiver interessado em contribuir na vaquinha, pode entrar no seguinte link:

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/direcionado-ao-menino-que-estava-trancado-em-um-barriu-pelo-pai.

Além do dinheiro da campanha na internet, a 2ª Cia. do 35º Batalhão da PM de Campinas, responsável pelo policiamento da região onde o menino foi salvo, recebe doações destinadas à criança, desde que ela foi resgatada.

Segundo o capitão Pereira Júnior, na última sexta-feira (5), a corporação encaminhou ao MP-SP 276 brinquedos, 632 peças de roupa, três video-games, 22 presentes lacrados, uma máquina de corte de cabelo, quatro mochilas, 29 pares de sapatos, um urso de pelúcia, 10 gibis e dois livros.

“Tem bastante doação chegando ainda. Olhando por cima, tem três bicicletas e dezenas de outros itens em nossa compania”, afirmou o oficial nesta quarta à reportagem. Ele acrescentou que duas bolsas de estudo, sendo uma nos EUA e outra no Canadá, foram mencionadas entre as doações. “Repassamos isso tudo para a Promotoria da Infância”, explicou.

O policial destacou ainda que as doações chegaram “de forma espontânea” ao batalhão, reforçando que a corporação não realizou nenhum tipo de campanha para isso.

“O que posso ainda dizer é que em Campinas temos mais de 300 crianças em abrigo precisando também de doações. O menino em si [que era mantido no barril] recebeu muita coisa. Não tem nem como ele usar, se ele quiser, pode nadar sobre os brinquedos que ganhou”, exemplificou.

O MP-SP afirmou à reportagem, nesta quarta, estar cientes das doações, acrescentando que elas serão relacionadas e encaminhadas à Vara da Infância, “que irá definir como e quando serão entregues ao menino”.

O pai do menino, um auxiliar de serviços gerais de 31 anos, sua mulher, uma faxineira, de 39, e a filha dela, uma vendedora de 22 anos, foram presos em flagrante por tortura, ainda no dia em que o garoto foi resgatado. O trio permanece preso preventivamente em penitenciárias no interior paulista. A defesa deles não foi encontrada até a publicação desta reportagem.