Pazuello diz que não tem vacina para todos, mas mesmo assim promete imunização geral em 2021

Pazuello diz que não tem vacina para todos, mas mesmo assim promete imunização geral em 2021

Nem toda a população, no entanto, é indicada para receber a vacina. Não há estudos, por exemplo, sobre a aplicação dos imunizantes em menores de 18 anos.

Além disso, por falta de doses, a vacinação foi interrompida em cidades da região metropolitana do Rio de Janeiro nesta semana; Salvador alterou o cronograma também por escassez de imunizantes.

“Vamos vacinar o país em 2021, 50% até junho e 50% até dezembro. Esse é o nosso desafio, o que estamos buscando e o que vamos fazer”, afirmou o ministro.

O ministro foi convidado a participar da sessão, em requerimento aprovado pelos senadores na semana passada. Senadores já reuniram assinaturas suficientes para a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid.

A decisão final cabe ao presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Antes da sessão, Pacheco afirmou que a fala de Pazuello não seria decisiva para definir a instalação ou não da CPI, mas ressaltou que seria “importante”.

Pazuello ressaltou que enfrenta dificuldades para adquirir vacinas no exterior, sendo que os produtores oferecem disponibilidade de doses insuficientes para a realidade brasileira. Por isso sinalizou que a aposta seria a produção nacional.

O ministro da Saúde voltou a atacar as condições da Pfizer, que pediu impôs condições, como o não julgamento em tribunais brasileiros e a imunidade em casos de reações adversas. Pazuello disse que as condições são impraticáveis e “leoninas”.

Segundo o ministro, a pasta tem hoje negociações com a Bharat Biotech, que fabrica a vacina Covaxin e com o Instituto Gamaleya, da Rússia, para obter a vacina Sputnik. No primeiro caso, são previstas 20 milhões de doses em 60 dias. No segundo, 10 milhões de doses.

Também teve reuniões com Janssen, Moderna e Pfizer.