Mãe de Gael se torna ré em ação por agressão e morte por asfixia do menino

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O defensor disse que um exame de insanidade mental “seria precoce” devido ao estado emocional de Andréia. “Posteriormente, sim, dá para fazer os exames”, acrescentou.

Fabio Costa ainda afirmou que precisa ser intimado pela Justiça para se manifestar oficialmente sobre a denúncia da Promotoria. “Quando eu receber uma intimação, vou me manifestar contra a realização dos exames nela. Acho precoce falar sobre isso ainda.”

Em 23 de fevereiro de 2012, foi assinado um atestado médico afirmando que Andréia era portadora de “transtorno afetivo bipolar, com episódios maníacos e sintomas psicóticos”. Segundo o processo do caso, por causa disso, ela passou por ao menos duas instituições de saúde.

Pareceres médicos, mencionados no processo, afirmam que a suspeita poderia apresentar “desorientação, agitação psicótica, ideias delirantes e desorganização”, tendo como tratamento o uso de estabilizadores e antipsicóticos.

No dia do crime, um advogado que acompanhou Andréia entregou à 1ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) os documentos médicos de 2012 e, com isso, solicitou para que ela fosse internada compulsoriamente. O advogado Fabio Costa, que assumiu o caso posteriormente, usou dos mesmos argumentos ao solicitar a liberdade provisória ou a internação da cliente. Ele, porém, mudou de posicionamento, da mesma forma que a Justiça, que negou o pedido na ocasião.

Pelo fato de ser suspeita de um crime de repercussão, Andréia foi encaminhada para a Penitenciária Feminina “Santa Maria Eufrásia Pelletier”, que integra o complexo penitenciário de Tremembé (147 km de SP), onde são mantidos encarcerados criminosos que correriam risco de morte em unidades prisionais padrão.

Até a semana passada, 141 presas da unidade estavam detidas por homicídio, o que representa 34% da população carcerária da penitenciária. Destas, 84 mulheres ema mantidas reclusas por homicídio contra menores de idade, ou seja, 20% da população carcerária do presídio na ocasião. Os números são da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária).

No complexo de Tremembé, popularmente conhecido como “prisão dos famosos”, cumprem pena Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos pela morte dos pais, em 2002. Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá também estão no local, após serem condenados a 31 e 26 anos de prisão, respectivamente, pela morte, em 2008, de Isabella Nardoni, 5, filha de Alexandre.