Criminosos sequestram mais de 100 crianças de escola no interior da Nigéria

Criminosos sequestram mais de 100 crianças de escola no interior da Nigéria

Ele disse ainda que a escola tem cerca de 300 crianças matriculadas com idades que vão de 7 a 15 anos, mas que não é possível saber exatamente quantos foram sequestrados porque muitos alunos não estavam no local no momento do ataque. Segundo a agência de notícias AFP, os sequestradores levaram apenas estudantes com mais de 12 anos, deixando o restante para trás.

Mais tarde, 11 crianças raptadas foram soltas -segundo o governo local, elas eram muito pequenas e não conseguiam acompanhar o ritmo dos sequestradores em fuga.

Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, que tem sido cada vez mais comum nas regiões norte e oeste do país. Em geral, os sequestros são feitos por grupos criminosos, que depois exigem que as famílias ou o governo paguem um resgate para que as crianças sejam soltas.

No total, 730 crianças estão sob o poder de sequestradores atualmente em todo o país.

Essa conta não inclui as 14 delas que foram soltas no sábado (29) no estado de Kaduna (no norte do país) depois de passarem 40 dias sob poder de criminosos. Para pressionar pelo pagamento do resgate, o grupo matou outros 5 estudantes que tinha sequestrado. Segundo a imprensa local, as famílias pagaram 180 milhões de nairas (cerca de R$ 2,2 milhões) pela libertação dos jovens.

Vários desses sequestros tiveram repercussão internacional, como o que ocorreu em fevereiro, quando 279 meninas com idades entre 12 e 16 anos foram raptadas e soltas cinco dias depois no estado de Zamfara, noroeste da Nigéria.

A onda de sequestros começou em dezembro com a captura de 344 crianças em um colégio interno de Kankara, no norte do país. As vítimas foram liberadas depois de uma semana.

O crescimento dos raptos provoca ainda o temor de um aumento na taxa de abandono escolar em regiões pobres e rurais -sobretudo entre as mulheres. Esses locais já registram os maiores índices de crianças não escolarizadas do país. Em resposta aos crimes, muitos estados decidiram fechar temporariamente colégios e internatos.