Mato Grosso do Sul produziu mais de 6 milhões de toneladas na safra 2020/2021

Mato Grosso do Sul produziu mais de 6 milhões de toneladas na safra 2020/2021

A safra de milho teve redução de 40,8% da previsão feita inicialmente, sendo que a estimativa da colheita é de 6,285 milhões de toneladas, quase 3 milhões de toneladas a menos do que era esperado.

A previsão foi feita com base no aumento da área plantada (que passou de 1,895 milhão de hectares para 2,003 milhões de hectares em um ano) e a possibilidade de se colher até 100 sacas por hectare, volume atingido na safra anterior.

De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), a redução foi devido aos problemas climáticos que Mato Grosso do Sul enfrentou, como chuva de granizo e estiagem na fase de maturação da planta.

Com informações da Pasta, houve perda total em algumas lavouras, devido à estiagem.

"Produtores preferem gradear a cultura ao invés de colher, haja vista que o custo com as máquinas torna a operação inviável", informou em nota.

No oeste, centro, sul e sudeste de Mato Grosso do Sul as condições das lavouras são ainda piores, o que juntas representam mais da metade da área plantada do estado.

Devido à queda de granizo que aconteceu no mês de maio, 6.890 hectares em Naviraí, 600 hectares em Amambai e 50 hectares em Coronel Sapucaia, sofreram prejuízos.

Safra 2020/2021

Segundo o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga), em Mato Grosso do Sul a colheita já está praticamente concluída, restando apenas 1% das lavouras para finalizar.

A colheita de 6,285 milhões de toneladas acende alerta em especialistas, pois acarreta uma série de problemas econômicos, de acordo com o especialista em Mercado Exterior Aldo Barrigosse.

"Se a nossa produção é menor, o retorno para quem produz vai ser menor, a perspectiva de emprego será um pouco menor no campo, os investimentos no campo, em tecnologia, na compra de novos equipamentos – tudo tende a ser menor", explicou Barrigosse.


Fonte: Correio do Estado