Cirurgia para retirada de tumor gigante de curitibana foi primeira no Brasil
Karina Andressa Rodini, de 31 anos, conseguiu se livrar de ao menos 30 quilos do tumor, que começou a se desenvolver na região das costas até o joelho, quando ela tinha 15 anos de idade. A jovem tem uma doença genética rara, chamada neurofibromatose, e nos últimos três anos estava com a qualidade de vida muito prejudicada. Ela mal conseguia caminhar.
O tumor foi retirado por meio de ressecção, um procedimento considerado bastante arriscado, por estar muito próximo à medula, segundo o médico cirurgião Alfredo Benjamin Duarte, que acompanha o caso de Karina.
“Pela primeira vez a gente está ressecando um tumor tão grande, não tem ninguém com essa experiência. Esse é um tumor que muitos livros dizem que não é pra ressecar, porque a chance é de ir a óbito pelo sangramento, porque tem vasos muito grandes”
afirma Duarte.
O cirurgião do hospital de Curitiba explica que quando se tira um tumor da raiz, não ocorre mais a volta da doença no mesmo local, mas pode ocorrer em outros lugares. “Por isso que a gente trouxe o médico Mckinnon dos EUA. Ele tem experiência de ressecção de 90 quilos, a maior ressecção do mundo de tumor é dele.”
Na técnica usada por Mckinnon o paciente é estabilizado durante o procedimento, revela o médico brasileiro. “Já vai repondo sangue durante a cirurgia, além de fatores de coagulação, fazendo com que a paciente acorde bem. Tanto é que chegou no final da cirurgia ela já estava acordada. A recuperação vai ser boa, temos certeza.”
Karina se recupera na UTI e começou a fazer exercícios para caminhar. Ela contou para a reportagem da Banda B que se sente bem nestes primeiros dias após a cirurgia. Ela está confiante com a qualidade de vida daqui para frente.
“To me sentindo bem melhor. Não vi ainda como está, mas estou bem feliz.”
comemora Karina, em recuperação após a cirurgia de mais de 11 horas.
Ainda faltam cerca de 15% a 20% de tumor a ser removido. Um segundo procedimento está previsto para acontecer no ano que vem, adianta Duarte.
A jovem conseguiu apoio financeiro para cobrir parte da cirurgia por meio de uma vaquinha virtual. Todo o procedimento deve chegar a um custo de R$ 200 mil. Segundo ela, ainda será necessário contar com as contribuições para custear tudo.