EUA matam Ayman al-Zawahiri, principal líder da Al Qaeda, dizem autoridades

EUA matam Ayman al-Zawahiri, principal líder da Al Qaeda, dizem autoridades

Zawahiri, 71, assumiu o comando da organização terrorista a partir da morte de Osama bin Laden, morto em 2011. Ele já fazia parte do grupo desde os anos 1990 e, à época do atentado do 11 de Setembro, era considerado um dos principais líderes da organização. Procurado pelo governo americano, que chegou a oferecer US$ 25 milhões de dólares como recompensa a informações que levassem a sua prisão, seu paradeiro era desconhecido.

Um porta-voz do Talibã, grupo que controla o Afeganistão desde agosto do ano passado, confirmou que um ataque de drone ocorreu em Cabul neste domingo (31) e afirmou que o episódio “é uma clara violação dos princípios internacionais e do Acordo de Doha [que estabeleceu em 2020 a retirada de tropas americanas do país]”. Segundo o grupo, o ataque ocorreu a uma área residencial.

“A natureza do incidente não foi revelada a princípio. As agências de segurança e inteligência do Emirado Islâmico investigaram o incidente e descobriram que o ataque foi realizado por drones americanos”, disse o Talibã. “Tais ações são uma repetição das experiências fracassadas dos últimos 20 anos”.

Egípcio, Zawahiri entrou para a Irmandade Muçulmana ainda na adolescência e fundou o grupo terrorista Jihad Islâmica em 1979. Foi preso por planejar um atentado ao então presidente egípcio, Anuar Sadat, antes de unir-se à Al Qaeda nos anos 1990.

Ainda que não tivesse o mesmo carisma de seu antecessor, Osama bin Laden, morto em 2011, nem o apelo de Abu Musab al-Zarqawi, líder do braço da Al Qaeda no Iraque morto em 2006, sua posição na hierarquia da organização fez com que os Estados Unidos oferecessem recompensa de US$ 25 milhões (R$ 134 milhões) por sua cabeça.

Foi sob o mando disfuncional de Zawahiri que na última década a Al Qaeda perdeu espaço para o Estado Islâmico, uma organização terrorista que chegou a controlar partes da Síria e do Iraque.