Remédio para diabete pode reduzir em 22% o risco de demência, aponta estudo

Para a seleção de participantes da pesquisa, foram utilizados registros médicos eletrônicos do Sistema de Saúde para Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos entre 1º de janeiro de 2001 e 31 de dezembro de 2017 envolvendo 559.106 pessoas com diabete tipo 2.

Os participantes foram submetidos ao tratamento pelo período de pelo menos um ano. Após este período, o grupo que tomou tiazolidinediona teve um risco 22% menor de ter qualquer tipo de demência em comparação aos participantes que usaram apenas metformina.

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Ainda conforme os dados obtidos pelo estudo, o tiazolidinediona diminuiu em 11% o risco de desenvolvimento de Alzheimer e em 57% a incidência de demência vascular. O estudo aponta ainda que as doenças vasculares aumentam o risco de Alzheimer. Portanto, o uso de tiazolidinediona parece oferecer riscos menores de demência vascular, auxiliando de forma preventiva no desenvolvimento da doença.

Combinado com metformina, o tiazolidinediona reduziu em 11% o risco de demência por qualquer causa. Por outro lado, o uso isolado de sulfonilureia aumentou esse risco em 12%. Ou seja, conforme o estudo, a suplementação de SU com MET ou TZD pode minimizar os potenciais efeitos protetivos dos outros dois medicamentos contra a demência.

Ainda segundo a pesquisa, os efeitos protetores do uso de tiazolidinediona em pacientes com diabete tipo 2 foram mais significativos em pacientes com menos de 75 anos e em pessoas com sobrepeso ou obesas.

O estudo é considerado de caráter observacional. Isso porque faltam detalhes como, por exemplo, sobre a função renal ou informações de genes de risco dos participantes no banco de dados. No entanto, acreditam os pesquisadores, estudos futuros podem redirecionar agentes antidiabéticos orais para a prevenção de demência e podem considerar priorizar o uso de tiazolidinediona.