Família tatua 'Luana' para homenagear universitária morta após briga em baile funk: 'Como se ela estivesse sempre com a gente'

Família tatua 'Luana' para homenagear universitária morta após briga em baile funk: 'Como se ela estivesse sempre com a gente'

Pai, mãe, marido, irmã, prima e padrasto tatuaram nome da jovem e asas que fazem alusão a anjos, no punho esquerdo. Tatuagem nos braços de familiares de Luana

Arquivo de família

'Luana' e asas que remetem a anjos. É o que está eternizado nos punhos da família de Luana Farias de Oliveira, de 20 anos, que morreu na madrugada de domingo (3), ao ser atingida no rosto e no pescoço por pedaços de garrafa após briga em um baile funk. Ela não tinha nada a ver com a confusão.

O pai, a mãe, o marido, a irmã, a prima e o padrasto da universitária tatuaram o nome da jovem com asas no punho esquerdo. "É como se ela estivesse sempre com a gente", se emociona Jéssica Farias, irmã de Luana. Todos fizeram a tatuagem na tarde de quinta-feira (7) e no mesmo local.

Jéssica explica que ela, Luana e a mãe planejavam fazer uma mesma tatuagem e ainda conversavam sobre o que fazer. "Ela fez um grupo [ de WhtasApp] e mandou várias fotos de tatuagem. Só que a gente nunca decidiu qual", lembra.

Algumas das fotos que Luana havia mandado para o grupo com a mãe e a irmã

Arquivo de família

Ainda conforme Jéssica, Luana gostava bastante de tatuagem e tinha uma igual com a prima e uma segunda . 'É o mínimo q a gente poderia fazer", fala.

O pai, o padrasto e o marido da jovem ainda não tinham tatuagem. A homenagem para Luana, é a primeira. 'No sábado ainda vou tatuar O essencial é invisível aos olhos', também em homenagem a ela", conta Jéssica.

Caso Luana

Luana Farias morreu com ferimentos no rosto, pescoço e braços

Redes Sociais

Luana estava com o marido e amigos em um baile funk que era realizado no centro comunitário do bairro Universitário. Por volta das 2h houve uma briga e a estudante falou para o marido que estava ferida. Ele a levou para a UPA mais próxima, onde os profissionais de saúde tentaram reanimá-la, mas ela não resistiu.

De acordo com a delegada Célia Maria Bezerra, que investigou o caso inicialmente, uma briga causada por ciúme resultou na morte de Luana, que passou pela confusão sem ter ideia do que estava ocorrendo. Um adolescente, de 15 anos, foi identificado e é o principal suspeito.

A família de Luana lembra que ela estava muito feliz nos últimos dias e fazia planos para comprar uma motocicleta e uma casa para morar o marido. Jéssica conta ainda que a irmã parecia estar se despedindo deles.

De acordo com a mãe de Luana, Maria Railha, a filha não costumava ir em baladas, mas naquele dia queria sair para comemorar a promoção no serviço. "Era minha menina, minha princesinha".