Mesmo com retorno dos impostos federais, MS vai manter ICMS do combustível reduzido

Mesmo com retorno dos impostos federais, MS vai manter ICMS do combustível reduzido

Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), afirmou que manterá o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis reduzido, na alíquota de 17%, mesmo após a retomada dos impostos federais.

Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta terça-feira (28), que a cobrança de tributos sobre a gasolina e etanol será retomada a partir deste mês.

A justificativa foi a de que o Brasil conseguiria arrecadar mais dinheiro e déficit do país seria reduzido.

Com isso, o preço do litro da gasolina ficaria R$ 0,47 mais caro e do álcool R$ 0,02. Mas, Mato Grosso do Sul vai na contramão do Brasil e decide manter os impostos reduzidos para aliviar o bolso do consumidor.

"Nós mantemos ainda 17% e vamos trabalhar dessa maneira, caso a gente entenda que dentro do planejamento a gente consiga manter o orçamento. O crescimento do estado é que vai possibilitar manutenção de tributos baixos, sem perder capacidade de investimento e de entrega", afirmou o governador.

Segundo Riedel, haverá reunião do Fórum dos Governadores, na próxima segunda-feira (6), em Brasília, para discutir a pauta.

O pronunciamento foi feito na manhã desta quarta-feira (1º), durante cerimônia de entrega da reforma da Escola Estadual João Carlos Flores, no bairro Rita Vieira.

Os tributos sobre diesel, biodiesel e gás de cozinha permanecem zerados até o fim deste ano, como já havia sido previsto em MP (medida provisória) assinada por Lula em 1º de janeiro.

Queda

Em 6 de julho de 2022, o ex-governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), baixou a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina, etanol, telecomunicações e energia elétrica.

A alíquota da gasolina passou de 30% para 17%, etanol de 20% para 17%, telecomunicações de 29% para 17% e energia elétrica de 25% para 17%.

A queda resulta em perdas de R$692 milhões até dezembro para os cofres do Estado e R$ 173 milhões para os municípios, que recebem os repasses do governo.

Impostos federais também foram zerados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na tentativa de derrubar o preço nas bombas às vésperas da eleição de 2022.