Suspeita de envenenar enteados no Rio de Janeiro vai a júri popular

A juíza Tula Corrêa de Mello, titular da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, decidiu nesta segunda-feira (15) que Cintia Mariano Dias Cabral, suspeita de matar a enteada e tentar mantar o enteado, será submetida a júri popular.

Suspeita de envenenar enteados no Rio de Janeiro vai a júri popular

Os advogados de Cíntia disseram que vão recorrer da decisão.

Fernanda passou mal após comer um sanduíche na casa da madrasta e foi levada ao Hospital Albert Schweitzer, no Realengo, zona oeste do Rio. Ficou internada durante 13 dias e não resistiu.

Bruno foi para o mesmo hospital após comer um feijão preparado pela madrasta.
O resultado da exumação do corpo de Fernanda apontou a presença de chumbinho no corpo da jovem.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Flávio Rodrigues, Cíntia tem um perfil ciumento e possessivo e chegou a simular uma tentativa de suicídio dias antes de ser presa.

A investigação policial, que durou dois meses, considerou depoimentos, provas técnicas com exames médicos e os laudos, além da análise do telefone celular.

Cíntia está presa desde 20 de maio. A suspeita de que Fernanda Cabral tenha sido morta por envenenamento foi levantada pela mãe da jovem após o filho de 16 anos voltar da casa da madrasta passando mal, em 15 de maio.

O adolescente apresentava os mesmos sintomas que levaram Fernanda a ser internada –dores no peito, dor de cabeça, língua e boca dormentes.

Quando Cíntia foi indiciada pela polícia, o advogado Carlos Augusto Santos afirmou que havia um “malabarismo pericial” na investigação.

“Os primeiros laudos dos médicos disseram que não havia intoxicação. Como isso pode ser comprovado agora? A polícia não pode pegar um prontuário e dar um palpite. Mesmo com a exumação, nós vamos avaliar”, declarou, na ocasião.