Três são executados, menina de 1 ano sobrevive aos tiros e polícias falam em 200 homicídios na fronteira
Em um dos casos, atirados fizeram cerca de 70 disparos de calibre 9 milímetros. Alguns atingiram a criança. Polícia paraguaia no local do atentado onde morreram dois homens e uma criança sobreviveuLéo VerasTrês pessoas foram executadas e uma menina de um ano sobreviveu a atentados com tiros de pistola ocorridos domingo (10), em Pedro Juan Caballero e Ponta Porã. Segundo as polícias do Brasil e do Paraguai, já são cerca de 200 homicídios somente neste ano na região de fronteira entre os dois países.O primeiro atentado de domingo aconteceu em uma casa no bairro São Pedro, no município paraguaio, no início da noite. Atiradores fizeram cerca de 70 disparos contra o imóvel e mataram um homem de 48 anos e outro de 32. A criança foi atingida, ficou ferida e passa bem.Mais tarde, por volta das 21h (de MS), pistoleiros atiraram em um rapaz de 18 anos. O crime aconteceu às margens da BR-463. Socorristas tentaram reanimar a vítima, mas ela não resistiu.As polícias suspeitam que os casos têm relação com a disputa pelo comando do tráfico de drogas na região. Até a publicação desta reportagem nenhum suspeito havia sido presos.Guerra do tráficoA fronteira do Brasil com o Paraguai, em Ponta Porã, região sul de Mato Grosso do Sul, tem sido marcada por execuções, tiroteios, tráfico de drogas e armas. Em 2018, pelo menos 30 execuções estariam ligadas à guerra do tráfico.A característica violenta da faixa de fronteira ganhou ares de guerra em 2016, após a morte do narcotraficante Jorge Rafaat, conhecido como "rei da fronteira", executado com tiros de metralhadora. O G1 traçou um panorama da disputa pelo tráfico na região que inclui nomes como Jarvis Pavão e Minotauro, traficantes que estão presos no Brasil.Três pessoas são executadas na fronteira Brasil - Paraguai