Familiares de primos que se afogaram no Rio Verde continuam buscas por contra própria em MG

Familiares de primos que se afogaram no Rio Verde continuam buscas por contra própria em MG

Buscas oficiais dos bombeiros foram interrompidas em 8 de janeiro, mas a família decidiu continuar em Três Pontas. Após 34 dias, a família dos primos que se afogaram no Rio Verde, no distrito de Pontalete, em Três Pontas (MG), continua a fazer as buscas pelos corpos dos meninos com a ajuda dos voluntários. As buscas oficiais foram interrompidas no dia 8 de janeiro pelos bombeiros.

Diante da agonia, a família decidiu continuar as buscas por meios próprios. Henrique Daniel Fialho, de 17 anos e o primo dele, João Pedro Gonçalves, de 11, se afogaram no Rio Verde no dia 15 de dezembro.

"É intuição de pai né, a gente não quer desistir, a gente quer tentar achar os meninos, tirar os restos mortais, pra gente ter um pouco mais de paz", disse o pai de Henrique, Francisco Vitor Fialho.

O grupo voluntário percorreu as margens do rio, procurando algo preso às galhadas. A família conseguiu até um sonar emprestado, um aparelho para localizar coisas submersas através de frequências acústicas. Eles também conseguiram um trator da prefeitura e arrancaram vegetação e árvores do rio.

Familiares de primos que se afogaram no Rio Verde continuam buscas por contra própria em Três Pontas

Reprodução EPTV

"A gente está com um cabo de aço que está enroscado na árvore dentro, onde tem uma cerca, e a gente está com suspeita que de repente esses moleques podem estar engastalhados na cerca", disse o voluntário Antônio Carlos de Lima.

Após 25 dias do afogamento, uma missa foi feita no Pontalete em homenagem às vítimas. Um acordo entre Corpo de Bombeiros e a família dos garotos encerrou as buscas. No entanto, a família ainda não perdeu as esperanças de encontrar os corpos.

"Vai chegar uma hora que a gente com coração doendo vai ter que parar, porque eu tenho mais dois filhos que precisam de mim e eu tenho que continuar a vida, como eu vou fazer, mesmo com o coração doendo, entregar eles para Deus, que eu acho que eles já estão com Deus e encerrar", disse o pai de Henrique.

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