Substância em veneno de vespas pode ajudar no tratamento contra a tuberculose, aponta UFG

Substância em veneno de vespas pode ajudar no tratamento contra a tuberculose, aponta UFG

Testes feitos em laboratórios mostraram que camundongos reagiram bem à aplicação. Segundo pesquisadores, proteína não tem efeito tóxico, mesmo em alta concentração. Substância presente no veneno da vespa pode ajudar no tratamento da Tuberculose

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) descobriu que uma proteína presente no veneno de vespas pode ser usada para ajudar no tratamento da tuberculose. Segundo os pesquisadores, testes mostraram que a resposta para a substância encontrada foi positiva, em camundongos.

Doutora em imunologia pela UFG, Paula Kipnis faz parte da equipe que estuda essa proteína e disse que a alternativa tem menos efeitos colaterais no paciente do que os medicamentos usados atualmente – sendo que muitos são os mesmos há 70 anos, aos quais algumas bactérias são resistentes.

"Ele é menos agressivo porque, no modelo que nós testamos tratando com antibiótico convencional ou usando essa nova substancia, nós podemos tratar da mesma maneira a tuberculose, só que essa substância não é tóxica, mesmo quando usada em altas concentrações.", explicou.

Camundongos laboratório pesquisa UFG contra tuberculose

Reprodução/TV Anhanguera

De acordo com a doutora, a substância também foi testada no combate a uma superbactéria comum em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Os resultados também mostraram que os camundongos infectados responderam bem ao tratamento com essa proteína achada no veneno das vespas.

Também parte da equipe de pesquisadores que trabalham com a proteína, André Kipnis, doutor em microbiologia pela UFG, disse que novos antibióticos desenvolvidos a partir de substâncias recém-descobertas são a esperança de melhores tratamentos.

"A gente precisa de novos antibióticos para ter um arsenal a mais. Para deixar os médicos, os clínicos, com maior número possível de opções.", disse.

Vespa tem proteína em seu veneno que pode ser usado em tratamento contra tuberculose e superbactérias

Reprodução/TV Anhanguera

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