Após fortes chuvas, prefeitura de BH se mobiliza para atender mais de mil chamados

Após fortes chuvas, prefeitura de BH se mobiliza para atender mais de mil chamados

Quase 500 estão relacionados a deslizamentos e desmoronamentos; capital está em alerta geológico até 31 de janeiro. Asfalto da Avenida Tereza Cristina, na Região Oeste de BH, que já estava danificado pelas chuvas do dia 19, ficou ainda pior

Odilon Amaral/TV Globo

Belo Horizonte tenta se reestabelecer, nesta segunda-feira (27), após as fortes chuvas que caíram na cidade no último final de semana. Entre quinta-feira (23) e domingo (26), choveu mais de 200 mm em todas as nove regionais da cidade, o que fez a Defesa Civil emitir alerta de risco geológico. Mais de 1.200 solicitações foram recebidas pela prefeitura no período.

De acordo com a Defesa Civil municipal, a maioria dos chamados foi para as vistorias de escorregamentos ou deslizamentos (223); risco ou ameaça de escorregamentos e deslizamentos (146); deslizamentos de encosta (164); alagamentos (77); e enchentes ou inundações (66).

A porta de entrada das ocorrências é no Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte, onde atuam profissionais de 13 instituições, como Guarda Muncipal, Defesa Civil, Samu, Corpo de Bombeiros, BHTrans e CBTU. Todos os órgãos acompanham as imagens de 1.800 câmeras distribuídas pela cidade.

Para atender às demandas reprimidas, a Defesa Civil e também da Urbel dizem que estão reforçando a equipe com servidores que atuam na parte administrativa. Só da Defesa Civil são cerca de 130 profissionais, por dia, para atender a estas solicitações.

Agentes da BHTrans também estão com equipe nas nove regionais. A ordem, pela manhã, era fazer vistoria em toda a cidade, para verificar a situação de pontos que já estavam com problemas, além de identificar novos possíveis transtornos.

A Guarda Municipal também tem efetivo para o plano emergencial neste período chuvoso. Foram 300 guardas municipais, em 60 viaturas e 22 motos. Junto aos agentes da BHTrans, a Guarda Municipal fica encarregada de auxiliar no bloqueio de vias localizadas em áreas sob risco de alagamento, além garantir a integridade das máquinas que estão estrategicamente distribuídos por onze pontos da cidade.

Já as equipes da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) trabalham para limpar as ruas e bocas de lobo, podar e suprimir árvores em risco, além de estabilizar encostas com sacarias e lonas.

Ruas danificadas

A força da água não só da chuva, mas também das inundações danificou o asfalto em muitas regiões da cidade. Até a publicação desta reportagem, às 11h, a Prefeitura não havia informado quantas ruas foram destruídas.

Mas, adiantou que o caso mais delicado é o da Avenida Tereza Cristina, altura do bairro Betânia, na Região Oeste. O asfalto, que já estava bastante danificado após as chuvas do dia 19, piorou ainda mais. O sentido bairro, a partir da Via 210, ficou totalmente fechado na manhã desta segunda-feira (27).

A Avenida Vilarinho, na Região de Venda Nova, também precisou ser interditada parcialmente, porque há um buraco no encontro com a Rua Maçon Ribeiro.

Já a Avenida Engenheiro Carlos Goulart, a mesma em que funciona o COP-BH, também tem uma faixa de trânsito interditada, porque uma cratera se abriu após inundação na última sexta-feira. A avenida é um dos principais acessos ao bairro Buritis, na Região Oeste, e tem trânsito bastante intenso.

Sobre as obras para recuperação de asfalto, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) disse que "os reparos pontuais em ruas e avenidas já estão em andamento. As obras de reconstrução de vias estão em planejamento."

Questionada, até a publicação desta reportagem, às 11h, a Sudecap não respondeu prazo para esta reconstrução.

Alerta de risco geológico

Apesar da chuva ter parado, a Defesa Civil emitiu alerta, neste domingo (26), para risco geológico em toda a cidade. O alerta vale até sexta-feira (31) porque, segundo a Defesa Civil, o solo está encharcado e propenso a deslizamentos.

Sinais de deslizamentos

Trinca nas paredes.

Água empoçando no quintal.

Portas e janelas emperrando.

Rachaduras no solo.

Água minando da base do barranco.

Inclinação de poste ou árvores.

Recomendações

Coloque calha no telhado da sua casa.

Conserte vazamentos em reservatórios e caixas-d'água.

Não jogue lixo ou entulho na encosta.

Não despeje esgoto nos barrancos.

(Fonte: Defesa Civil)