Reino Unido estuda construir ponte entre Escócia e Irlanda do Norte

Reino Unido estuda construir ponte entre Escócia e Irlanda do Norte

Porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson diz que projeto custaria 'apenas 15 bilhões de libras' — mais de R$ 83 bi. Comprimento estimado é de mais de 40 quilômetros. Bandeiras da Escócia, Reino Unido, Inglaterra e País de Gales

Matt Dunham/AP

O governo do Reino Unido afirmou nesta segunda-feira (10) que estuda a viabilidade de construir uma ponte entre a Escócia e a Irlanda do Norte, uma ideia que, segundo a imprensa britânica, é do próprio primeiro-ministro Boris Johnson.

De acordo com James Slack, porta-voz do governo, o projeto custaria "apenas 15 bilhões de libras". O valor equivale a mais de R$ 83 bilhões.

As autoridades discutem qual o melhor local para construir a ponte entre os dois países. A distância mais curta entre as duas margens do Mar da Irlanda é de 19 quilômetros. Porém, segundo a agência Associated Press, um dos locais mais considerados para a obra levaria a construção a ter 45 quilômetros de comprimento.

BREXIT: Vitória de Johnson pode dar fôlego a separatismo na Escócia e na Irlanda do Norte?

O desafio, porém, seria construir a estrutura sobre um mar cuja profundidade pode chegar a 300 metros. Além disso, as autoridades teriam de tomar cuidado com as bombas não explodidas da Segunda Guerra Mundial deixadas no fundo.

Proposta polêmica

Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em foto de 5 de fevereiro

Matt Dunham/AP Photo

De acordo com a BBC, a proposta foi bem recebida por Leo Varadkar, primeiro-ministro da República da Irlanda — país independente do Reino Unido. Porém, a primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, disse que "há prioridades mais importantes".

Parte da polêmica se deve ao histórico de Johnson como prefeito de Londres entre 2008 e 2016. Ele chegou a cogitar a construção de um aeroporto no estuário do Rio Tâmisa e criar uma "ponte-jardim" no meio da cidade — ambos projetos considerados caros e de difícil execução, e que não foram para frente.