Governo processa empresas suspeitas de cobrarem preços abusivos por máscaras na pandemia

Governo processa empresas suspeitas de cobrarem preços abusivos por máscaras na pandemia

 

"Vimos que havia indícios claros, principalmente nos preços de máscaras, e solicitamos informações às empresas, que ignoraram nossos pedidos. Isso é uma desobediência do dever de cumprir, de prestar informações. No momento de crise sanitária, a postura é especialmente prejudicial e sensível", diz ela.

Agora, as quatro empresas têm o dever de fornecer os dados solicitados em até 10 dias. "Eles já respondem ao processo de desobediência. Se nos derem os dados e vermos que há indícios de preços abusivos, vão enfrentar outro processo. Se não responderem, serão multadas pela não manifestação e ainda podem ser multadas pela eventual irregularidade", afirma Domingues.

As multas são calculadas com base no potencial dano causado aos consumidores e no faturamento das empresas. O teto da sanção é R$ 10,6 milhões.

Em nota à reportagem, a NCH afirma que não pratica preços abusivos e diz que "apresentará todas as informações no prazo cabível".

O advogado Marcus Gomes, diretor jurídico da Medlife, afirma que a distribuidora não praticou preços abusivos e que enviou as informações solicitadas pela Senacon antes da abertura do processo sancionatório.

Procuradas, as empresas ProHosp e Vic Pharma não se manifestaram até a conclusão desta reportagem.