Conheça o Line, o "zap do Japão" que foi criado por causa do terremoto seguido de tsunami

Com 10 anos de existência, app foi de um simples mensageiro para uma plataforma de pagamentos. Aplicativo também se envolveu em recente polêmica de...

Conheça o Line, o
Com 10 anos de existência, app foi de um simples mensageiro para uma plataforma de pagamentos. Aplicativo também se envolveu em recente polêmica de privacidade. Line: brasileiras contam como é usar o 'zap' do Japão

WhatsApp, Instagram, TikTok, que nada. No Japão, o aplicativo mais popular para interações é o Line.

Sua história não é nada convencional.

A plataforma foi criada em 2011, após o terremoto seguido de tsunami que causou estragos no país.

Além de servir como app de mensagens, o Line reúne uma série de outros recursos como sistema de pagamentos, feed de publicações, games e um monte de stickers como o WhatsApp no Brasil.

São mais de 86 milhões de usuários ativos no Japão.

Veja no vídeo no início da reportagem relatos das influencers brasileiras Cleide Sousa (blog Por onde eu vou) e Júlia Dalcin (canal Hey, Ju! Listen!), que vivem no Japão, sobre como é usar o Line.

Line, o 'zap do Japão', supera WhatsApp, Instagram e outros entre a preferências dos japoneses

Divulgação

Veja abaixo 6 pontos sobre o Line:

1. Criado em meio ao desastre

O aplicativo foi lançado em 2011 no Japão como uma resposta ao forte terremoto de magnitude 9,1 que atingiu o Japão naquele ano, que causou um tsunami que deixou cerca de 20 mil mortos. Funcionários da empresa NHM, da área de internet, criaram a plataforma que podia fazer ligações e mandar mensagens por meio de smartphones.

A ideia foi dar um meio de comunicação, via internet e celular, para os habitantes do país poderem se manter conectados a parentes durante as emergências — na época do desastre, as redes de telefonia do país foram comprometidas.

Foto de 11 de março de 2011 mostra ação de tsunami em Iwanuma, no norte do Japão

AP Photo/Kyodo News, File

2. De mensageiro a sistema de pagamentos

No início era apenas um mensageiro, depois novos serviços foram agregados. Os recursos atuais incluem curadoria de notícias, consultas médicas on-line, central de pagamentos, streaming de música.

Ainda há espaço para ler mangás até conseguir empregos em páginas de empresas. Em um dos recursos mais recentes, o Line começou oferecer o Clova, um assistente que usa inteligência artificial para ajudar no dia-dia das pessoas e de negócios.

Uso do aplicativo Line faz parte do dia-dia dos japoneses

AP Photo/Koji Sasahara

3. Febre por stickers

Uma das marcas registradas do Line é a grande variedade de figurinhas, os stickers, para serem usadas nas conversas.

Novos desenhos são adicionados constantemente, alguns podem ser baixados gratuitamente, mas também existe um grande volume de stickers exclusivos para a venda.

A febre pelas figurinhas levou à criação de lojas físicas para merchandising de camisetas, enfeites, pelúcias e outros itens dos Line Friends, uma série de stickers oficial do app.

As figurinhas são febre nos Line

Divulgação

4. Mais baixado do Japão

Mesmo com 10 anos de existência, o Line segue como um dos aplicativos mais populares no Japão. Ele continua como o mais baixado entre os apps de comunicação em julho de 2021, no Android e iOS, de acordo com o App Annie, serviço que monitora downloads.

Outros apps que aparecem nessa categoria, atrás do Line, são Discord, Facebook e Yahoo.

Line usa tecnologia para filtros em chamadas de vídeo.

Divulgação

5. Não embalou fora da Ásia

Além do Japão, o Line tem sucesso em outros pontos da Ásia, como Tailândia e Taiwan, mas não conseguiu replicar o sucesso em diferentes mercados. O app está presente no Brasil, com versão em português, mas seus serviços são mais limitados.

Line tem versão no Brasil, mas não bombou como no Japão

Reprodução

6. Polêmicas com a privacidade

O aplicativo se envolveu em polêmicas no início de 2021 após a informação de que técnicos da empresa na China acessaram informações de usuários japoneses sem o seu consenso, ficando fora do que é exigido por lei.

Após a repercussão do caso, o app bloqueio o acesso ao banco de dados na China. Isso também motivou o Line a transferir o armazenamento de dados de usuários japoneses da Coreia do Sul para o Japão.

Line recebeu grande atualização em 2020

Divulgação

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