Ministro das Comunicações diz que Bolsonaro teve 154 mil inserções de rádio a menos que Lula

Segundo Fábio Faria, uma auditoria foi realizada e identificou que rádios, principalmente do Nordeste, não estão exibindo as propagandas encaminhadas pela campanha do atual presidente da República

Ministro das Comunicações diz que Bolsonaro teve 154 mil inserções de rádio a menos que Lula

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, comunicou à imprensa, nesta segunda-feira (24/10), que a campanha do atual mandatário e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) ingressou com ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para denunciar que o presidente teve 154 mil inserções de rádio a menos que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas últimas duas semanas. A Corte ainda não se posicionou sobre a denúncia.

A denúncia foi feita em uma coletiva de imprensa, na frente do Palácio da Alvorada. Pelas redes sociais, Fábio Faria convidou os jornalistas para "acompanhar a exposição de um fato grave". Ao lado do ex-ministro Fabio Wajngarten, o ministro das Comunicações disse que uma auditoria foi realizada e nela houve a constatação que as rádios, principalmente do Nordeste, não estão exibindo as propagandas encaminhadas pela campanha do atual presidente da República.

O ministro ainda afirmou que a maioria das rádios que realizaram "uma censura" ao presidente Bolsonaro estão localizados na Bahia �- estado onde Lula teve 69,73% dos votos no primeiro turno, contra 24,31% de Bolsonaro. Segundo o ministro, a cada três inserções de Lula as rádios exibiram apenas uma de Bolsonaro. A auditoria teria apurada que não foram exibiram durante 14 dias do segundo turno um total de 154 mil inserções da propaganda de Jair Bolsonaro nos veículos.

"Como é que nós, que preservamos o direito de igualdade, podemos lidar com esse fato? A gente precisa lidar com 154 mil inserções a menos no rádio. Isso é uma grave violação do sistema eleitoral", disse Faria. De acordo com Fábio Faria, 154 mil inserções equivalem 1234 horas de programação.

O Correio questionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a denúncia realizada pela campanha de Bolsonaro, mas não teve resposta até a última atualização desta reportagem.